Faz tempo que a sociedade brasileira torce o nariz quando queremos tratar de política. Muitos ficam com receio de dizer que estão na vida por causa da reação, afinal, o que mais se lê nas manchetes dos jornais todos os dias e se ouve nas emissoras de rádio e televisão está ligado aos escândalos envolvendo agentes públicos e políticos: “Petrolão”; “Mensalão”; “Dólar na cueca”.
Acredite: eu também fico enojado quando leio esse tipo de reportagem. A imprensa não está errada em tratar desses assuntos, principalmente porque uma parte considerável da classe política brasileira nos envergonha, nos deixa cabisbaixos e com imensa vontade de sair da vida pública.
Entendo que a política é um sacerdócio e necessita de atenção integral, afinal, apenas, desta forma, poderemos corresponder à confiança depositada em nossa capacidade de trabalhar. Quando escolhi entrar para a vida pública, meus familiares e amigos tentaram me convencer a não fazê-lo. No entanto, eu paro e analiso: se as pessoas comprometidas e com vontade de trabalhar pela população deixarem de lutar, quem sobrará? Que futuro construiremos para nossos filhos e netos? Como poderemos modificar o quadro atual? Podemos ser omissos e não participar das decisões fundamentais em prol de todos?
É importante destacar que a corrupção não entra na veia da pessoa que assume um cargo público. O ser humano reflete nas suas ações cotidianas aquilo que tem intrínseco dentro de si. Ninguém se transforma, apenas revela sua real verdade.
Sim, assim como existem bons e maus médicos, jornalistas, engenheiros, advogados, arquitetos, pedreiros, faxineiros, garis, não devemos, e não podemos, colocar toda a classe política dentro do mesmo cesto, como se todos merecessem ser classificados da mesma forma.
Não julguemos pela sigla partidária que vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidentes da República estão ligados.
Uma questão importante que, também, merece a especial atenção de quem escolhe o seu representante, está ligada ao projeto de trabalho. O que o político tem feito em prol da coletividade? Bom político não é aquele que atende aos interesses pessoais de cada indivíduo que procura.
Precisamos escolher políticos comprometidos com o bem comum de todos e que possa apresentar um projeto de governo, independentemente se sua atuação está focada no Poder Legislativo ou Executivo.
Antes tarde do que nunca, se faz importante destacar que o joio e o trigo nascem um do lado do outro, são parecidos, mas não são a mesma planta. Hoje, com a existência da rede mundial de computadores, pesquisar a vida de alguém é fácil. As redes sociais nada mais são do que a institucionalização da “fofocanews”, em que, escondido atrás de uma tela, tudo pode ser falado e publicado, muitas vezes, de forma fake.
Deputado estadual Junior Aprillanti, 44, é Engenheiro Agrônomo, Bacharel em Direito, Administrador, casado e pai de dois filhos.
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